quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Amigos não mentem


Tenho grandes amigos, mas não tenho muitos. Sempre foi assim: muitos colegas e convivas, mas poucos amigos. Pra ser um deles, só existe um requisito: ter estômago. Sim, porque se um amigo pede meu conselho ou minha opinião, ele vai ouvir a "minha" verdade, por mais dura que ela seja.
Se você espera consolo, não procure por mim. Não me dou o direito de mentir para um amigo. Se eu menti para você, tenha certeza de que não sou sua amiga, ou pelo menos não era quando o fiz. Se te consolei alguma vez, provavelmente foi para me ver livre. Se te consolei várias vezes, é porque acho graça em suas lamúrias. Faço isso porque é o que espero de meus amigos.
Detesto quando as pessoas dizem que a vida é assim... que eu vou ver como tudo vai melhorar... que tudo vai dar certo no final... Otimismo é para os fracos! E para os acomodados também. Nada dá certo se você não tomar decisões, se não agir, se não tocar a vida, se não usar seu infortúnio como aprendizado.
Nunca espere de mim uma palavra de carinho quando você estiver no fundo do poço (pelo menos, não se você for realmente meu amigo). Mas se precisar de alguém que segure sua mão, que lhe aponte o caminho e se for necessário, que o arraste de volta a vida, eu estou aqui.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ricardo



Sempre ouvi meu marido falar do Ricardo com muito carinho e admiração. Ele foi o primeiro namorado da minha sogra, colega de universidade no curso de cinema da UnB nos anos 60 e continuaram amigos, acho que o melhor amigo dela.
Cheguei a estranhar, no ano passado, quando Juliano decidiu não encontrar o Ricardo, dizendo: "nós somos muitos, melhor não. Se eu ligar pro Ricardo, nós só vamos fazer os programas dele."
Agora eu entendo. O Ricardo é uma das pessoas mais generosas (se não "a mais") que conheci na vida, ele chega a ser pródigo. Adora pagar contas e dar presentes. Ganhamos palhacinhos de chumbo (que por sinal, já estão na minha sala repaginada), livros, cd, borboletas, lápis, diárias de hotel e coisas mil. Claro que não deixei barato, dei-lhe também alguns presentes, já que eu não podia pagar pela água que eu bebia ou o pastel que eu comia. Mas ele não é generoso só materialmente, ele se doa afetivamente de maneira intensa: doa o tempo, a atenção, cuida de você como se você sempre estivesse ao lado dele, como se toda a sua vida fosse ali, o tempo todo.
Juliano tinha toda razão. Os programas do Ricardo são irresistíveis! O Rio do Ricardo não é um Rio para turistas. São lugares e programas que nenhum turista pode descobrir sem ajuda. O centro do Rio é encantador, de sua própria maneira. A Saara, a Colombo, os botecos que só quem é do Rio (e olhe lá!) sabe onde ficam, a vista do Porcão, a Fiorentina, os restaurantes maravilhosos, os sebos, as livrarias, o Armazém Casual, com as mesas no meio da rua e o jazz, e tantas coisas mais! O Rio do Ricardo é tudo de bom!
E a inteligência? E a sensibilidade? Ele foi produtor de cinema, falar de cinema com o Ricardo, na verdade, ouvir o Ricardo falar da produção cinematográfica no Brasil e no mundo, dos grandes diretores, dos grandes filmes, é maravilhoso, é surpreendente, vale mais que mil aulas!
Estou sentindo muita falta do Rio de Janeiro, mas estou sentindo mais falta ainda do Ricardo!

Pega ladrão!


Foi a melhor notícia que podia ser veiculada nos últimos tempos! O governador "Comigo Ninguém Pode" na cadeia! É nessas horas que eu começo achar que esse país ainda tem jeito. E sim, por favor senhores responsáveis pelos órgãos federais, intervenham nesse boteco, o brasiliense não sabe votar (tenho certeza que Roriz vai ser o próximo governador do Distrito Federal, mesmo sem meu voto).

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vida longa ao rei!






Quem estudou o Segundo Reinado com Juliano acaba sempre tendo uma quedinha pelo Império, e sobretudo, pelo imperador. Pois eu garanto que se todo brasileiro lesse "As Barbas do Imperador" e visitasse Petrópolis uma única vez na vida, a monarquia seria reestabelecida.
A cidade de Pedro é um dos lugares mais fofos e contaminados de história que existe nesse país. Lá, fica bem claro o esforço civilizador e o ar europeizado do velho Pedro. É encantador!
A Catedral de São Pedro de Alcântara, o Quitandinha, o Palácio de Cristal e a Casa D'Ângelo (que boteco!).
E o espetáculo de som e luz do Museu Imperial é simplesmente fascinante!
Mas tome cuidado! Como toda cidade do interior, num domingo, após as 22h, não há nenhum lugar onde se possa comer um misto quente que seja!