quarta-feira, 10 de março de 2010

Rosario Tijeras


Em duas de minhas sessões de leitura, daquelas que a gente faz esperando o sono chegar, li "Rosario Tijeras", que a Émile me deu de presente de natal. Maravilhoso!!! De autoria do colombiano Jorge Franco ( a quem Gabo diz ser um dos autores que gostaria de passar a tocha), a história é deliciosa, assustadora e frenética!
Pode parecer reacionário de minha parte, mas ninguém entende a Latino América, suas distorções, discrepâncias e delícias como nós mesmos!
No meu post de 16 de dezembro de 2009, "Aura", dei vários motivos para o realismo mágico ser tão latino americano quanto é, então não vou me repetir, mas parafrasear: "Latino América para latino americanos". Soa meio doutrinador, mas nossa literatura é singular demais para que seja comparada. Nada contra as outras, até gosto muito delas, mas se houver erro de tradução, toda a interpretação de um parágrafo pode se perder. Pense como perde um alemão ao ler "Grande Sertão Veredas".
Não é xenofobia. Mas é puro preconceito de minha parte, admito. Mas o que posso fazer se a latinidade é justamente a fronteira entre logos e mithos? É aqui que se abre uma fenda entre o pensamento ocidental e a cultura mítica mestiça. Bem aqui, dentro de mim, dentro de você e dentro de "Rosario Tijeras", com sua pele mestiça, cor de canela.

2 comentários:

  1. Vc sempre dá dicas maravilhosas... ja to louca pra ler... =)
    Saudade enorme amiga...
    Beijos

    Há,acabei de ler "Comer, rezar, amar" de Elizabeth Gilbert,é bonzinho... rsrs bem distração meio auto ajuda biográfica sei lá... enfim!!

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  2. Esse eu sabia que você ia gostar, só pelo autor e pela orelha do livro. Também já li o meu e fiquei muito impressionada com essa personagem. Também presenteei minha ex cunhada com um exemplar e ela me deu o filme "Rosário Tijeras" de natal, e aí.... Que decepção, Lili, a adaptação é uma merda!

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