quinta-feira, 3 de junho de 2010

Bonequinha de luxo.

Hoje me dei conta de que nunca falei no blog de uma das pessoas mais importantes da minha vida: a Dandara (é claro que ela é uma pessoa e duvido que alguém aqui tenha algum argumento que me contradiga, porque a Dandara é gente, gente cachorro, mas é gente).
Eu trouxe Dandara para casa quando ela tinha quase 3 meses, a contra gosto de Juliano, que planejava ter uma fêmea de rottweiler. Ela havia sido expulsa de 2 outros lares.
Minha colega Estael me ligou um dia na escola me perguntando se eu não queria uma filhote de poodle, porque se eu não quisesse, o irmão dela ia jogá-la na rua. Aceitei na hora ( já criei cães de várias raças, mas sempre achei que os poodles são os melhores cães para companhia). A cadela não podia ficar no apartamento da Estael, porque quando ficava sozinha roía toda a mobília nova e na casa do irmão de minha colega matou diversas galinhas afogadas na piscina.
Juliano passou todo o trajeto de Planaltina a Formosa elocubrando as maneiras em que o Otto mataria a filhotinha. Mesmo assim deu-lhe um nome, inspirado no romance homônimo de Janaína Amado ("Dandara". São  Paulo: Ed. Maltese, 1995). Ele estava completamente enganado: foi amor a primeira vista.
No começo, como era muito pequena e tínhamos medo que os gatos a ferissem, ela dormiu na nossa cama. Hoje, ela continua dormindo na nossa cama, com a diferença de que ela pensa que a cama é sua e nos faz o favor de ceder espaço.
Dizem que todos os cães merecem o céu, mas como Dandara é extremamente materialista, ela acredita que o céu é aqui. E é mesmo! Dandara tem uma vida luxuosa, nunca gostou da condição canina.
Desde pequena, nunca gostou de brinquedos, ao contrário dos outros de sua raça. Sempre que lhe jogávamos uma bola, nos olhava desapontada, virava-se e saía como quem diz: "eu tenho cara de idiota?". Sempre que lhe dávamos um boneco ou outro brinquedo qualquer, desaparecia.
A coisa que mais alegra a Dandara é ir ao cabeleireiro. Toda sexta ela vai se embelezar. Enquanto a maioria dos cães corre do banho, Dandara dá escândalo de tanta ansiedade quando o Tales vem buscá-la. Se ele demora ou é feriado, ela fica de frente ao portão, esperando.
Come as melhores rações. Passeio? Só de carro, ela detesta andar na rua. Água, só toma se estiver fresca. Manipuladora ao extremo, todo mundo acaba fazendo suas vontade. Só interage com dois cães, o Otto e o Fred (seu parceiro), mais do que isso acho que feriria sua humanidade.
Ela também desenvolveu um tipo de linguagem que indica o que ela quer, qual exatamente a porta que devemos abrir para ela, e outras coisas do gênero.
Mas é uma companheira ímpar. Está sempre ao meu lado. Quando estou doente, fica na cama comigo quase o tempo todo. Sempre que nota que estou chateada fica tentando me animar com carinhos e gracinhas. Não sei o que seria de mim sem a Dandara.


Um comentário:

  1. A Dandara é incrivelmente única. Só tenho a agradecê-la pois foi através da exigência dela em ir ao cabelereiro que nos tornamos amigos. ;)

    Só uma pergunta: A Dandara joga videogame? Essa eu não sabia pois ela tá vidrada ao lado do ps3... heheheh

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